2015-09-14

'Seria ético desfalcar a equipe do meu ex-gerente?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 14/09/2015, com um ouvinte que quer fazer uma proposta de emprego a dois ex-colegas em outra empresa, mas tem receio do que o gerente deles possa pensar.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Seria ético desfalcar a equipe do meu ex-gerente?'

equipe trabalhando

Um ouvinte escreve: "Saí do meu emprego anterior sem mágoas, nem encrencas, em função de uma proposta melhor que recebi da empresa em que estou atualmente. Neste momento estou precisando contratar dois funcionários. E minhas melhores opções seriam dois colegas da empresa anterior, que são ótimos profissionais. Tenho certeza de que eles aceitariam vir, mas o problema é que se eu tirá-los de lá, vou desmontar a equipe do meu ex-gerente. Seria ético eu desfalcar uma empresa que deixei e na qual sempre fui bem tratado? E o que eu falo se o meu ex-gerente me telefonar e me acusar de ser um traidor e coisa e tal?"

Bom, primeiro, não há qualquer traição nessa situação, já que o seu contrato de trabalho com a empresa anterior foi encerrado. E portanto, ela não deve mais nada a você e nem você a ela.

Segundo, contratar ex-colegas é comum no mercado de trabalho. E não é falta de ética, porque agora você tem que fazer o que considera mais adequado para a empresa que está pagando o seu salário.

Já pelo lado afetivo, você pode amenizar a situação ligando para o seu ex-gerente antes de fazer a proposta aos dois colegas que pretende contratar. Nessa conversa, você não pediria a permissão dele e nem se desculparia, mas apenas o deixaria ciente dos convites, em vez de esperar que ele descubra quando os dois pedirem a conta. Isso daria a ele condições de fazer uma contra-proposta para manter os dois funcionários.

Caso, mesmo assim, o seu ex-gerente reaja mal e lhe diga o que você não merece ouvir, paciência. Você estaria sendo profissional e ele não.

Max Gehringer, para CBN.


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