2014-06-13

Termos equivocados diminuem o leque de oportunidades no mercado de trabalho - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 13/06/2014, com uma ouvinte que se denomina 'comunicóloga' e pode estar tendo dificuldades em arranjar um emprego em sua área por causa do termo que ela usa.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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Termos equivocados diminuem o leque de oportunidades no mercado de trabalho

comunicação social

Uma ouvinte escreve: "Sou comunicóloga, com formação e pós-graduação, mas não consigo um emprego em minha área. Trabalho atualmente como auxiliar de escritório, o que me deixa frustrada por ser uma função que eu poderia desempenhar sem ter investido tanto em meus estudos. Estou enviando currículos há mais de um ano e até agora nada, nenhuma resposta. O que você me recomenda?"

Bom, primeiro, que você deixe de usar o termo "comunicóloga". Existem certas aberrações na língua portuguesa no tocante a nomenclatura de carreiras. E essa é uma delas. Você se formou em Comunicação Social, com posterior especialização em algo como Jornalismo, Locução, Publicidade ou Relações Públicas. Utilize então uma dessas palavras, que possa ser entendida de imediato.

O termo "comunicóloga" pode dar a impressão de abrir o seu leque de opções profissionais, mas acaba fazendo o contrário. Ele limita o seu campo de ação, por não mostrar claramente o tipo de emprego que você está procurando.

Dito isso, a área de comunicação social está um tanto quanto saturada no mercado. A válvula de escape para os formandos tem sido a internet, tanto para um emprego fixo, como para trabalhos autônomos. E quando existe saturação, enviar currículos não resolve, como você já percebeu, porque as vagas são sempre preenchidas por indicação.

Sugiro que você retome o contato com seus professores e colegas de curso. Através deles, você poderá obter recomendações e referências. Isso dá bem mais trabalho do que enviar currículos. Mas ainda é o seu melhor caminho.

Max Gehringer, para CBN.


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