2014-02-06

'Em quais casos um desempregado deve aceitar um trabalho que paga menos que o anterior?' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 06/02/2014, com os casos em que um desempregado deve aceitar um trabalho que paga menos do que o emprego anterior.

Áudio original disponível no site da CBN. E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Em quais casos um desempregado deve aceitar um trabalho que paga menos que o anterior?'

desempregado sem dinheiro

Um ouvinte pergunta: "Em quais casos um profissional desempregado deve aceitar um emprego com salário mais baixo do que recebia?"

Vamos lá. Ocorrem-me três casos possíveis. O primeiro, que é o que mais tem levado a esse tipo de decisão, é a situação financeira pessoal. O profissional simplesmente tem contas para pagar e não pode ficar nem mais um dia desempregado sob risco de entrar em uma espiral de dívidas que poderá descontrolar o seu orçamento.

O segundo caso é mais estratégico. Um profissional pode aceitar uma proposta que irá lhe rebaixar momentaneamente o salário, mas sabendo que a empresa pode oferecer oportunidades de crescimento que dentro de algum tempo mais do que irão compensar a queda salarial inicial.

E o terceiro é o mais difícil de aceitar, embora não seja tão incomum. Simplesmente, no último emprego, o profissional estava com o salário acima da média do mercado. Isso pode ocorrer quando alguém passa muito tempo na mesma empresa e vai recebendo pequenos reajustes anuais. Mas o acúmulo deles, após muitos anos, extrapola o valor que é pago atualmente pela mesma função.

Outro motivo, também pouco admitido pela maioria, é o de que uma circunstância possa ter criado uma situação especial. Ou seja, a pessoa não valia o que recebia. Mas a empresa, em um momento de euforia por bons resultados, ou qualquer outra situação anômala, decidiu inflar alguns salários.

Em síntese, qualquer que seja o caso, uma redução salarial de até 20% não deve ser encarada como uma tragédia. Uma carreira, mesmo bem sucedida, raramente é uma linha reta ascendente do começo até o fim.

Max Gehringer, para CBN.


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