2012-07-02

'Fiquei sem respostas em quatro de cinco processos de seleção que participei' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 02/07/2012, com um ouvinte que fez várias entrevistas de emprego, mas não recebeu resposta (nem positiva, nem negativa) de várias empresas.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Fiquei sem respostas em quatro de cinco processos de seleção que participei'

esperando telefone tocar

Um ouvinte escreve para reclamar, com razão: "Nos últimos quatro meses", ele diz, "participei de cinco processos de seleção. Não fui o escolhido em nenhum deles e aceito que as empresas tenham lá suas razões para contratar quem elas bem desejar. O que eu não entendo é ficar sem resposta. Quatro das cinco empresas sequer me ligaram para dizer que os processos já haviam sido encerrados. E uma me ligou para dizer que não fui o escolhido, mas a pessoa não soube me dizer porquê. Pergunto se candidatos a emprego merecem tamanha falta de consideração?"

Não. Ninguém merece. A boa notícia é que vem, gradativamente, aumentando o número de empresas que ligam e dão uma resposta ao candidato, mesmo que seja algo vago, como por exemplo: "Contratamos alguém que tinha um perfil mais adequado às necessidades da função". Não explica muita coisa, mas não deixa de ser uma explicação.

A má notícia é que ainda são em número muito maior, as empresas que simplesmente se esquecem de que os candidatos tiveram que pegar condução ou faltar ao trabalho para comparecer às entrevistas. Para essas empresas, o silêncio já seria uma resposta suficiente.

Fica aos candidatos a sugestão de perguntar se receberão uma resposta. Ou se podem ligar ou escrever para obter informações sobre o andamento do processo. A maioria não faz essa pergunta e depois passa semanas sofrendo ao lado do telefone.

Quero alertar também que não conheço uma só empresa que dê explicações longas e detalhadas aos que não foram escolhidos. Saber onde errou ou o que faltou certamente ajudaria o candidato a se preparar melhor para futuras entrevistas. Mas essa não é uma obrigação da empresa que não o contratou. Já ligar ou escrever informando o final de um processo, é uma demonstração mínima de boa educação corporativa.

Max Gehringer, para CBN.

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