2011-01-26

'Fui alvo de uma crítica injusta do meu chefe' - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 26/01/2011, sobre como reagir a uma crítica injusta do chefe, na frente dos colegas de trabalho.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui). E se você quiser ler os comentários anteriores do Max Gehringer, publicados aqui, basta clicar neste link.

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'Fui alvo de uma crítica injusta do meu chefe'

chefe nervoso crítica
Uma consulta sobre crítica injusta. Escreve uma ouvinte: “O meu chefe não costuma ficar criticando subordinados. Por isso, eu fiquei paralisada quando ele criticou, em voz alta, algo que eu havia feito do meu modo e segundo meu chefe, aquele era o modo errado. Eu considerei a crítica injusta, mas não reagi. Não porque eu não tivesse argumentos, mas porque fui apanhada de surpresa e não consegui falar nada. Meus colegas, que testemunharam tudo, estão divididos quanto a minha atitude. Alguns acharam que eu fiz bem em ficar calada e outros que eu deveria ter respondido, mas a maioria confessou que não saberia como teria reagido numa situação dessas. A minha pergunta é: qual seria a maneira mais apropriada de responder a uma crítica injusta?

Bom, essa é uma situação pela qual todos nós já passamos pelo menos uma vez na carreira. Em minha opinião, uma coisa deve ser evitada: é começar a discutir com o chefe no mesmo tom que ele usou. Como ele pode não ter razão, mas tem a autoridade que o cargo lhe confere, dificilmente ele deixará de usá-la se a conversa esquentar.

O passo seguinte é evitar ficar dando explicações na frente dos colegas para se explicar ou para se desculpar. Se o chefe já disse que aquele não era o jeito certo, ele até poderá mudar de ideia. Mas numa conversa particular e posterior, após a temperatura ter baixado.

Dito isso, eu não creio que exista uma maneira universalmente correta de um subordinado reagir numa situação como a que nossa ouvinte descreveu. Mas posso compartilhar as melhores reações que eu já vi pessoalmente. Elas consistem em perguntar para o chefe, num tom de voz normal, como ele desejaria que a tarefa fosse executada, e não interrompê-lo enquanto ele estiver falando. Toda vez que eu vi isso acontecer, o chefe começava falando alto, ia diminuindo o volume de voz aos poucos até terminar num tom abaixo do normal. Quando ele encerrava, o subordinado agradecia e o chefe percebia que tinha exagerado em sua reação inicial.

Então, eu diria que a nossa ouvinte, dentre as opções que ela tinha, não usou a que talvez fosse a mais correta. Mas por outro lado, ela não teve uma reação explosiva. Praticar o autocontrole não é fácil, mas é sábio. Em discussão de chefe e subordinado, uma explosão não anula a outra. Só provoca uma terceira explosão, de carga muito maior.

Max Gehringer, para CBN.

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