2009-04-15

Passagem relâmpago por empresas não deve ser incluída no currículo - by Max Gehringer

Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 15/04/2009, como passagens rápidas, de menos de 3 meses, por uma empresa, devem ser encaradas no currículo.

Áudio original disponível no site da CBN (link aqui).

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Passagem relâmpago por empresas não deve ser incluída no currículo

curriculo
Tenho recebido algumas consultas de ouvintes que passaram pouco tempo em uma empresa e não sabem como colocar isso no currículo sem passar uma impressão negativa.

Primeiro, um esclarecimento para acalmar os aflitos: essa passagem relâmpago por empresas está ficando cada vez mais comum. Já deixou de ser uma desgraça que afetava uma em dez mil pessoas. Hoje deve estar mais na base de uma para mil.

Mas como os currículos têm, abaixo do período em que o profissional passou em cada empresa, uma breve descrição das realizações conseguidas, a coisa fica realmente complicada.

Numa passagem normal por uma empresa, de mais de dois anos, é possível escrever no currículo algo assim: "fui assistente de marketing e participei de quatro campanhas de lançamentos de novos produtos". Mas numa passagem muito curta, de apenas dois ou três meses, o que poderia ser escrito? Algo do tipo: "antes mesmo que eu conseguisse decorar os nomes de todos os meus colegas, fui despedido"? Ou então: "devido a crise, fui dispensado sem poder mostrar minhas habilidades".?

A verdade é que qualquer frase dessas, sempre irá provocar mais dúvidas do que certezas. A minha sugestão seria não coloque nada. Deixe o período em branco no currículo. Tecnicamente, quem passou menos de 90 dias em uma empresa, não foi sequer efetivado. As explicações, desde que a pessoa não tenha sido demitida por justa causa, podem ser dadas pessoalmente ao selecionador, durante a entrevista.

Já no caso de quem passou entre 4 e 6 meses numa empresa e foi demitido, o período deve ser mencionado no currículo, mas com uma explicação bem sucinta para a saída, do tipo: "demissão por programa de corte de pessoal".

É sempre bom lembrar que um currículo deve conter dados e fatos. Não é um lugar para o profissional emitir opiniões favoráveis sobre si mesmo. E principalmente, não é o lugar para inventar verdades convenientes.

Última dica: colocar as coisas em perspectiva e se concentrar naquilo que realmente importa. Muita gente se dá mal em entrevistas porque entra na sala excessivamente preocupada em como irá explicar uma lacuna de 3 meses na carreira, quando tem anos de bons empregos e bons resultados para impressionar o entrevistador.

Max Gehringer, para CBN.

5 comentários:

Ana P. disse...

Well... minha passagem mais curta por uma empresa foi de quatro meses, e saí de lá pq passei num concurso público.

Meu currículo já é uma bosta gigante. Não tenho pq achar que uma passagem tão curta por uma empresa poderia sujar ainda mais aquilo!

Andarilho disse...

O meu é uma bosta pequena.

Perdido disse...

O meu é só uma bosta (grande ou pequena, que difereça faz?).

O que eu to falando? Nunca fiz meu curriculo...

Andarilho disse...

Se vc pisar em uma, vai fazer uma grande diferença, hauhauhau.

Mais uma desempregada disse...

Gente, primeiro de tudo vcs precisam começar a acreditar em vocês. Se vcs já pensam que o currículo está ruim, por que enviá-lo. Melhorem ele, demonstrem energia e quem sabe quem está do outro lado pode passar a olhar com outros olhos. Não existem ninguém tão ruim assim, só existem pessoas que não estão encaixadas. Todo mundo tem pontos bons! Boa sorte a vocês.