2008-10-15

As finanças da vida real - ou quanto do seu dinheiro investir na bolsa - by Mauro Halfeld

Transcrição do comentário do Mauro Halfeld (site oficial dele), para a rádio CBN, do dia 15/10/2008, sobre as dúvidas de um ouvinte como compor a sua carteira de investimentos e quanto aplicar em ações.

O áudio original pode ser obtido no site da CBN (neste link).

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As finanças da vida real

Olá. Com os mercados financeiros bem mais calmos, eu volto a responder perguntas sobre a vida real.


"Tenho 24 anos e desde jovem gosto de investimentos. Porém, como o dinheiro é curto, iniciei meu lado investidor com um pequeno plano de previdência privada há alguns anos. Incentivado por amigos, há mais ou menos uns 6 meses, eu abri uma conta numa corretora de ações pra iniciar então minha aventura pelas bolsas de valores. Atualmente eu parei as compras para tentar fazer a minha 'reserva para emergências', num CDB, porque eu vi que se eu precisar tirar o dinheiro da bolsa às pressas, provavelmente eu vou perder dinheiro.

Mas vamos à minha dúvida: sempre ouço você comentando sobre 30% em ações ou 60% em renda fixa... Que números são esses? Quais são os valores que eu devo contar para compor os meus 100% de investimentos, pra depois disso, eu poder calcular a parcela em ações?"


Minha resposta: pessoalmente eu gosto da seguinte estratégia:

Primeiro: pagar todas as dívidas de curto prazo, exceto financiamentos imobiliários.

Segundo: fazer reserva de emergências em renda fixa. Hoje, preferencialmente, em CDBs.

Terceiro: só depois disso começar a investir em ações.

Quarto: considerar a regra 100, ou seja, alocar o número 100 menos a sua idade, no seu caso então 100 menos 24, que dá 76%, em renda variável. Agora, atenção! O que eu estou chamando de renda variável: imóvel, ações, inclusive empresas próprias, negócios próprios. E depois alocar o restante, 24%, ou seja, a sua idade, na renda fixa, que pode ser CDB, fundos DI, tesouro direto e até a previdência privada se você optou pela forma mais conservadora.

Em tempo: isso é apenas uma sugestão. Não precisa seguir à risca, mas vale como um objetivo a ser perseguido. E tem mais: procure fazer re-balanceamentos uma vez por ano, para não fugir desta meta estabelecida.

Legal? Mauro Halfeld, para CBN.

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