2008-05-09

Quanto melhor um ex-funcionário foi, maior será o esforço da empresa para diminuir a importância que ele teve - by Max Gehringer

Transcrição do comentário de onte, 08/05/2008, do Max Gehringer para a rádio CBN, cujo áudio original está disponível via podcast.

Quanto melhor um ex-funcionário foi, maior será o esforço da empresa para diminuir a importância que ele teve

Consulta de um ouvinte perplexo. Diz ele: "Após trabalhar 3 anos em uma empresa, pedi demissão para aceitar uma proposta melhor. Saí numa boa e o pessoal até me fez uma festinha de despedida. Eu pensei que tinha deixado as portas abertas para uma possível volta, mas vejo que me enganei. Agora, passados 8 meses da minha saída, são poucos os ex-colegas que respondem a meus emails. E meu antigo chefe, para quem tentei ligar várias vezes, nunca retornou minhas ligações. O que eu fiz de errado?"

Nada. Você fez tudo certo.

Acontece que empresas não gostam de perder bons funcionários. Quando um deles pede a conta, fica aquela impressão de que tudo que a empresa diz de bom sobre ela mesma pode não ser verdade, e que lá fora, existem oportunidades melhores. E a maneira de evitar que a vontade de sair contagie mais funcionários, é esquecer rapidamente quem foi embora.

Quando isso não é possível, porque quem saiu era realmente bom, a tática é minimizar as contribuições. Projetos que a pessoa tocou sozinha passam a ter outros donos. Idéias que a pessoa teve ganham novos autores. Com isso, espalha-se a impressão de que a pessoa que foi embora não era tão boa quanto ela pensava, nem tão competente quanto parecia ser.

Em alguns casos, começam até a circular rumores de que a pessoa não está indo bem no novo emprego, sempre encerrados com a inevitável frase: "Fulano errou feio quando pediu a conta".

Olhando pelo lado positivo, os poucos colegas que respondem a seus emails, são os que realmente tinham respeito por você, e continuam tendo. De resto, console-se pensando o seguinte: quanto melhor um funcionário foi, maior será o esforço da empresa para diminuir a importância que ele teve.

Max Gehringer, para CBN.


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Longe da empresa, longe do coração.

Na minha opinião, trabalho é trabalho, não é lugar de fazer amigos.

As pouquíssimas pessoas que eu considero minhas amigas até hoje são aquelas que eu conheci até a faculdade. Depois de formado, não posso dizer que fiz nenhum amigo de verdade. Sad, but true...

4 comentários:

disse...

Eu faço amigo em todo canto e em qualquer fase da vida. Até no trabalho. Mas com certeza no trabalho é mais difícil.

Bjo

CintiaYamane disse...

eu acho assim.. no trabalho é mais facil vc fazer colegas.. nao amigos.. pq sempre vai haver uma competição, por mais encoberta que seja... no fundo sempre tem... e por mais que vc diga "eu torço por vc", vc nao vai kerer que ela te deixe pra tras.. u_u

pelo menos onde eu trabalho eu ja vi que é assim.. e ha muito jogos de interesse e tb o fato de ser colega pelo motivo de convivencia social...
hahahah a antisocial falando...

Perdido disse...

dizem que ninguém é insubstituivel né? quando a pessoa sai, ela tambem deixa de "viver" a empresa, q é grande parte do q une as "amizades" no trabalho...

Anônimo disse...

Olá!!!

Disseste uma verdade “verdadeiríssima”, trabalho não é lugar de fazer amigos, obviamente que devemos cultivar boas relações com as pessoas, só não podemos confundir isso com amizade......... meu amigos foram todos cultivados na infância e na Facul........... trabalho é competição FERRADA o tempo todo, cada um querendo comer o C... do outro, enfim...............

Por isso nunca gostei muito desse dito que diz que “temos que vestir a camisa da empresa” – ora, a empresa vestira a minha? Creio que a resposta seja um NÃO bem grandão e desengonçado...... faça o melhor que puder, sempre, mas não se iluda, ambiente de trabalho é ambiente de guerra....... (o que não significa que tenha que ser um ambiente, pesado, desagradável e extressante.)

Hasta Hotra!!!